Aproveitando a passagem pelo Brasil da presidente mundial do Santander, Ana Botín, bancários da ativa e aposentados fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira, 8 de abril, em frente à Torre JK, na região da Vila Olímpia, zona sul de São Paulo (SP), contra as mudanças implementadas pela gestão brasileira do banco espanhol por meio da “multicanalidade”; e por questões relacionadas à retirada de patrocínio do Banesprev e à transferência de gerência do SantanderPrevi.
O ato foi organizado após Ana Botín negar receber representantes dos bancários durante sua passagem pelo País para discutir as mudanças. O protesto estampou a insatisfação dos funcionários com a gestão do banco e teve como objetivo chamar a atenção para as questões em debate. A mobilização também se deu pelas redes sociais, onde os trabalhadores usaram a hashtag #EscutaSantander na rede social “X” (antigo Twitter).
“Multicanalidade”
O banco anunciou neste ano mais uma reestruturação, com diversas alterações nas funções dos trabalhadores e medidas que resultaram em várias demissões e fechamento de agências.
Agora, as unidades do banco têm apenas gerentes de negócios e gerentes-gerais. Já os funcionários que desempenham funções como “Van Gogh” atendem somente em plataforma remota. Os PJs, que atendem empresas, são obrigados a fazer diariamente seis visitas aos clientes e o restante do trabalho será feito de modo remoto.
Apesar do trabalho ser à distância, os funcionários sequer receberam nenhum auxílio do banco. Ou seja, os custos relacionados aos insumos do trabalho, como energia elétrica, internet e infraestrutura necessária para a atividade, ficarão por conta apenas dos trabalhadores.
Para a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), o Santander deve cancelar essa reestruturação que envolve multicanalidade e retornar ao formato anterior, com gerentes PJ e Van Gogh atendendo aos clientes dentro das agências.