Uma bancária que trabalhava há quase 14 anos no Santander e é portadora de lúpus, foi demitida por telefone pelo banco. A trabalhadora estava em home office, desde o início da pandemia, por pertencer ao grupo de risco.
De acordo com reportagem divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, a bancária afirmou que sempre teve boa avaliação de desempenho e durante a pandemia, ficou sobrecarregada com a alta demanda de trabalho, que ultrapassava o horário de seu expediente, fazendo com que ela trabalhasse até mesmo nos finais de semana em algumas ocasiões.
No entanto, tudo mudou quando a trabalhadora retornou das férias. Segundo a bancária, após o retorno ela não recebeu novas demandas de serviço e não foi convocada para reuniões de equipe. Após uma semana nessa situação, o RH do Santander ligou para a funcionária, comunicando a demissão.
“Ali me senti humilhada e desrespeitada. Sempre vesti a camisa do banco, mesmo doente trabalhava e batia todas as metas, e, após esses anos todos, sou tratada assim”, desabafa.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, é inadmissível que o Santander demita, sem qualquer explicação e em plena pandemia de coronavírus, uma funcionária que se dedicou há mais de dez anos no banco e que possui uma doença autoimune.
Lúpus é uma doença inflamatória e autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos, causando fadiga, febre e dor nas articulações. A trabalhadora, que estava atuando em home office por ser grupo de risco, deveria ser protegida e valorizada pelo banco, mas foi descartada com crueldade.
O Santander precisa parar de demitir injustamente os funcionários que tanto contribuem para o lucro bilionário do banco aumentar, mesmo diante da crise sanitária e econômica em que o Brasil está passando. O desrespeito com a saúde e integridade do trabalhador já virou costume desse banco que assedia e despreza seus funcionários. Inaceitável! Basta!