O Santander Brasil anunciou na manhã desta terça-feira, 27, os resultados do terceiro trimestre. No acumulado de janeiro a setembro de 2020, o lucro líquido gerencial, que desconsidera eventos extraordinários, foi de R$ 9,89 bilhões, 8,6% menor que o do mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido societário foi de R$ 9,61 bilhões, 7,9% menor na mesma base de comparação.
O lucro gerencial de julho a setembro foi de R$ 3,9 bilhões (alta de 5,3% em relação ao terceiro trimestre de 2019). Já o lucro societário do mesmo período foi de R$ 3,81 bilhões (5,6% maior).
As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram, até setembro deste ano, R$ 13,5 bilhões, tendo aumentado 39,2% na comparação com os três primeiros trimestres de 2019.
Os ativos totais atingiram R$ 982,222 bilhões ao final de setembro, o que equivale a uma expansão de 17,1% em 12 meses.
Já o número de empregados ao fim de setembro caiu de 49.482 para 45.147 — uma redução de 4.335 postos de trabalho em 12 meses. Somente no terceiro trimestre o Santander eliminou 1.201 empregos. Eliminou, ainda, 149 agências e 111 PABs em 12 meses.
Nas cidades abrangidas pelo Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, o Santander demitiu 14 trabalhadores durante a pandemia. Algo inaceitável diante dos lucros gigantescos e crescentes que o banco obtém no Brasil, mesmo na pandemia (basta ver o aumento da lucratividade se comparado o terceiro trimestre de 2019 com o de 2020).
O Brasil gera 30% de todo o lucro mundial do grupo espanhol. Essa é a premiação para os trabalhadores que tanto se dedicam para construir essa lucratividade para o banco? Basta de demissões!