O Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, ligado à FNOB, se reuniu no dia 10, com Marlon Santos, gerente regional do Bradesco, para tratar de temas críticos que afetam os trabalhadores da instituição, como as demissões em massa e o assédio moral. Em Natal, só neste ano de 2024, já foram 35 trabalhadores demitidos, o que não apenas sobrecarrega aqueles que permanecem, mas também compromete gravemente a qualidade do atendimento prestado à população.
O Bradesco, desde 2023, tem se consolidado como o terceiro/quarto banco com maior número de queixas por clientes e usuários, de acordo com o ranking do Banco Central. Apesar disso, o banco segue acumulando lucros bilionários: entre 2019 e 2023, o Bradesco alcançou um lucro líquido de mais de R$ 101 bilhões. No entanto, essa rentabilidade não impediu a instituição de fechar mais de 10 mil postos de trabalho e encerrar quase 350 agências e postos de atendimento em todo o país só no último ano.
Além das demissões, o ambiente de trabalho no Bradesco tem se tornado cada vez mais insustentável. A pressão constante por metas inatingíveis e o clima de assédio moral são estratégias usadas para garantir os lucros exorbitantes, à custa da saúde física e mental dos trabalhadores.
O SEEB-RN denuncia que essa política de metas abusivas apenas aumenta o sofrimento dos bancários, que são diariamente cobrados para alcançar números irreais, sob ameaças veladas de demissão e represálias. Esse cenário mostra de forma evidente que, enquanto o banco lucra, trabalhadores são sacrificados.