O Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, ligado à FNOB, se reuniu no dia 22 de outubro com o Superintendente Marcelo Baum, a Regional Fabiana e os representantes do Itaú, Henrique e Priscila, para tratar de questões urgentes: as recentes demissões em massa e o sistema de avaliação dos funcionários, que ficou muito abaixo do convencional. A diretora Albertina Bertino, que costuma participar dessas reuniões, esteve ausente desta vez por motivo de licença saúde.
O encontro reforçou a posição crítica do Sindicato frente à política de redução de pessoal adotada pelo banco, que contrasta de forma gritante com os lucros bilionários obtidos pela instituição. No segundo trimestre de 2024, o Itaú alcançou um lucro recorrente de R$ 10,1 bilhões, um crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar dos números positivos, o banco fechou 1.785 postos de trabalho nos últimos 12 meses em todo o Brasil, impactando diretamente a vida de milhares de trabalhadores e suas famílias.
Somente em Natal, seis bancários foram desligados neste mês, uma situação que o Sindicato considera inadmissível para um banco que se gaba de sua solidez financeira. A lógica de demitir em busca de corte de custos, ao mesmo tempo em que registra recordes de lucro, revela uma postura insensível e gananciosa, ignorando o impacto devastador sobre os funcionários que permanecem na instituição. Estes são submetidos a uma sobrecarga de trabalho cada vez maior, enfrentando metas abusivas e um ambiente de pressão constante que compromete sua saúde e bem-estar.
O sistema de avaliação dos funcionários, também criticado pelo Sindicato, tem se mostrado ineficaz e injusto, reforçando uma cultura de cobranças desproporcionais e punições em vez de reconhecimento e valorização dos trabalhadores. Essa prática não só expõe os bancários a condições insalubres, como contribui para o aumento de doenças ocupacionais e transtornos psicológicos.
Em protesto contra essa situação, o Sindicato realizou, no último dia 9 de outubro, um ato atrasando a abertura da agência do Itaú Centro por duas horas. O objetivo foi expor publicamente os absurdos cometidos pelo banco e pressionar por uma mudança urgente na postura adotada. A luta é por condições de trabalho mais dignas e pela garantia dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.