O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, instituição ligada a FNOB, denunciou, na última sexta-feira (7), ao Ministério Público do Trabalho (MPT), a alteração no protocolo de Covid-19, realizada pelo Banco do Brasil e pelo Santander.
No dia 4, o Banco do Brasil alterou, unilateralmente, o protocolo de segurança contra a Covid-19. Após a medida, a higienização das unidades do banco que possuem casos positivos e suspeitos poderá ser realizada sem a necessidade de interrupção no atendimento, expondo bancários e clientes ao risco de contágio. Antes da alteração, se o trabalhador com coronavírus havia permanecido no local de trabalho nas últimas 72 horas, os colegas eram dispensados e a dependência era fechada para receber a higienização.
Na denúncia, o Sindicato ressaltou que a alteração no protocolo ignora os compromissos do Banco do Brasil registrados em acordo junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) no âmbito federal. O Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial (Pandemia Covid-19) teve fim no dia 31 de dezembro. Além disso, a entidade também destacou a necessidade de um acordo que padronize os procedimentos que devem ser feitos em casos de coronavírus e H3N2, a fim de combater a proliferação entre os trabalhadores.
Outro ponto de grande importância denunciado ao MPT pelo Sindicato, foi a retomada das visitas aos clientes PJ (Pessoa Jurídica) do banco. A média é de 70 visitas por carteira, um verdadeiro absurdo!
Santander
Assim como o BB, o Santander também alterou o protocolo de Covid-19, motivando o Sindicato a realizar igualmente uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho. Adotado a partir do dia 6, o novo protocolo determina que as unidades com casos positivos não serão mais fechadas, não haverá higienização especializada, os funcionários não serão testados e somente serão afastados aqueles que trabalharam ao lado dos bancários contaminados.
Na denúncia, o Sindicato relata o caso da agência 004 do Santander, no Centro de Bauru, onde foram registrados 4 casos de Covid-19 e 1 suspeito, mas mesmo diante dessa situação, a unidade funcionou normalmente, seguindo o novo protocolo do banco. A entidade também destacou que o Santander não disponibilizou álcool em gel em lugares de fácil acesso e visualização nas dependências da agência contaminada.
Na foto, Sérgio Ribeiro, advogado do Sindicato responsável pelas denúncias ao Ministério Público do Trabalho, ao lado do diretor da entidade, Paulo Tonon.