O processo movido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) que pede para os funcionários incorporados o direito de serem incluídos na Cassi e na Previ, que são, respectivamente, o plano de saúde e de previdência privada do Banco do Brasil, será julgado hoje (30), a partir das 14 horas, pelo Tribunal Superior do Trabalho, em sessão telepresencial.
Como o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB) noticiou na semana passada, no início de junho representantes do movimento sindical cobraram do novo presidente do BB, Fausto Ribeiro, a retomada da negociação sobre os funcionários originários da Nossa Caixa, do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e do Banco do Estado do Piauí (BEP) — instituições financeiras adquiridas pelo banco em 2008.
Em março, o TST determinou que o tribunal de segunda instância voltasse a analisar a possibilidade de que a Previ seja estendida aos bancários oriundos da Nossa Caixa, do Besc e do BEP. Na ocasião, ainda havia outros dois agravos a serem analisados pelo TST, da parte do BB e da Cassi.
Apesar do processo do MPT solicitar, originalmente, o direito de inclusão dos funcionários incorporados à Cassi e Previ, o julgamento desta quarta-feira é referente ao agravo interposto pelo MPT que pede para que o Banco do Brasil ofereça a Previ para os trabalhadores. Ou seja, a decisão definitiva sobre a inclusão no plano de saúde poderá levar anos para ser tomada.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a demora no julgamento colocará ainda mais em risco os direitos e a saúde desses trabalhadores que são descriminalizados pelo Banco do Brasil há tantos anos. Vale lembrar que a situação desses bancários piorou ainda mais com a última reestruturação do banco, que desligou milhares de funcionários – muitos deles originários da Nossa Caixa – que aderiram ao Plano de Desligamento Extraordinário (PDE).