Um vigilante do Banco do Brasil (BB) foi atingido por um tiro de arma de fogo na nuca após ter a própria arma tomada por um adolescente de 16 anos, dentro da agência da Praça Rui Barbosa, em Bauru (SP). O caso foi registrado por volta das 16h de 2 de maio último. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), cobrou a emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) à vítima e demais funcionários da unidade.
Imagens do circuito interno de segurança da unidade mostram o momento em que o agressor passa ao lado do vigilante, que estava próximo a porta giratória, e toma a arma do funcionário. Em seguida, o adolescente aponta o armamento na direção do trabalhador e atira.
O segurança cai, enquanto outros três vigilantes agem para conter o agressor. O adolescente foi encaminhado ao Plantão da Polícia Civil de Bauru e permaneceu à disposição da Justiça.
Enquanto isso, o baleado foi levado consciente ao Pronto-Socorro Central (PSC) da cidade e recebeu alta no dia seguinte, com o projétil alojado na nuca.
Emissão de CAT
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, já cobrou do BB a emissão de CAT para a vítima e demais funcionários da agência. A pedido do Sindicato, a unidade permaneceu fechada no dia seguinte à ocorrência.
Segundo o Banco do Brasil, na segunda-feira, 6 de maio, uma psicóloga foi à unidade para atender os empregados e acompanhar o retorno ao expediente.
A FNOB, por meio do Sindicato, segue acompanhando o processo, cobrando também que a empresa terceirizada responsável pelo contrato do trabalhador ofereça apoio integral e respeite seus direitos.
Importância de vigilantes
A situação registrada na agência de Bauru reforça a importância da presença de vigilantes e porta giratória em todos os bancos. Sem o serviço desses trabalhadores e de dispositivos de segurança, a integridade física de funcionários, clientes e usuários é drasticamente comprometida, podendo resultar em assaltos, agressões e mortes.
Além disso, apesar do BB ter concordado com a solicitação do Sindicato em fechar a agência no dia seguinte ao ocorrido, a “empatia” da instituição foi seletiva. Isso porque os funcionários da PSO, que atuam como caixas no local, não tiveram o mesmo tratamento que os demais e foram obrigados a trabalhar em outras unidades. Apesar da importância da função, os bancos têm cada vez menos funcionários para exercê-la.