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FNOB cobra da Sest a convocação de candidatos aprovados em concurso da Caixa

09/08/2024

Bancos: Caixa Econômica Federal

Reunião entre representantes da Oposição Bancária e Sest. Foto: Divulgação

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A Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) e outras entidades participaram nesta quinta-feira, 8 de agosto, de reunião com a Secretaria de Controle de Empresas Estatais (Sest), para cobrar a contratação de todos os candidatos aprovados no concurso promovido pela Caixa Econômica Federal (CEF) em 2024, além da ampliação do cadastro de reserva (CR).

A reunião ocorreu com o representante da Sest, Heiguiberto Guiba, e tratou dos temas reivindicados pelos bancários nesta campanha salarial, essencialmente sobre o financiamento e limites orçamentários e de custeio dos planos de saúde dos bancos estatais, bem como do limite de contratação de empregados para as mesmas instituições financeiras.

A FNOB foi representada por Marla (SEEB-MA), Matheus Crespo (SEEB-RN) e Paulo Tonon (SEEB-Bauru); além do advogado do SEEB-MA, Antônio Nunes; do presidente da AEBA, Gilson Nunes; e de representantes dos sindicatos do Amazonas (Andrea Gonçalves), de Tocantins e de Goiás.

Saúde atacada

Infelizmente, a saúde dos bancários vem sendo sistematicamente atacada pelos bancos, que se esconderam por muito tempo atrás da Resolução 23 da CGPAR, já derrubada, mas cuja restrição de estabelecer um percentual de 6,5% relativo ao custo da folha salarial como teto de pagamento das estatais se mantém através de imposições estatutárias e do próprio acordo coletivo, este firmado de forma cúmplice pelas entidades sindicais comandadas pela Contraf-CUT.

Nas negociações com a Caixa, Banco do Brasil, BNB e Basa, toda reivindicação para aumentar os repasses aos planos de saúde esbarram em argumentos que, na prática, responsabilizam a Sest pela impossibilidade de haver mais dinheiro dos bancos para a saúde de seus trabalhadores.

A mesma coisa ocorre com o número total de empregados. Na CEF, eram 101 mil funcionários em 2014. Hoje, são 87 mil; ou seja, 14 mil trabalhadores a menos, enquanto o número de clientes e de contas aumentaram em muitos milhões.

Da mesma forma, a quantidade de transações bancárias, operações de créditos e de serviços aumentou exponencialmente, além da absorção de novos programas sociais e da grande ampliação dos já existentes. Quando se reivindicam mais funcionários, no entanto, a resposta é sempre de que “a Sest não permite”.

Inaceitável

Na reunião desta quinta-feira, o representante da Sest, Heiguiberto Guiba, deixou claro que o órgão não existe para “dizer não”, e que acha inaceitável que os negociadores dos bancos não discutam com os trabalhadores sobre a possibilidade da ampliação e melhoria de cada um destes itens.

Ele ainda reforçou que a CGPAR 52 permite uma maior autonomia nestas negociações e que refutou a ideia de que os bancos não têm autonomia de negociar os limites.

Também solicitou a íntegra das pautas de reivindicações entregues à Fenaban e às direções dos bancos, para que possam analisar o que, de fato, poderia implicar em limitações definidas pela Sest e o que não haveria restrição, da mesma maneira que se prontificou a contactar os bancos diretamente para instá-los a garantir uma negociação real, honesta e direta com as entidades dos trabalhadores, defendendo que recebam todos os setores que demandam pautas específicas, como os engenheiros (as) do Basa, que até o momento sequer foram recebidos para apresentar suas reivindicações.

Posição

Os três sindicatos ligados à FNOB reafirmam sua posição de que deve haver a imediata reposição de todos os empregados a menos existentes nos bancos públicos, além da ampliação dos quadros com a contratação de mais funcionários até que se garanta condições de trabalho adequadas a todos, além de uma prestação de serviços com qualidade e agilidade à população.

Que esse aumento de trabalhadores é necessário para a atual demanda de atendimento nos bancos e para permitir que haja a redução da jornada dos bancários para cinco horas ao dia, por quatro dias na semana.

Seguiremos cobrando medidas práticas da Sest, como a ampliação dos limites de contratados nos bancos, e a mediação deste órgão para destravar as negociações com os bancos, que seguem intransigentes, sem atender nenhuma demanda dos trabalhadores.

Da mesma maneira, chamamos a Contraf-CUT e a Contec a pressionarem de verdade os bancos para o atendimento destas reivindicações, sem aceitarem passivamente a justificativa dos representantes de que há “temas-tabu”, sobre os quais não se pode avançar, por supostamente haver uma impossibilidade por parte da Sest.

Os bancários têm pressa! Vamos à luta!


Leia na íntegra todas as pautas elaboradas pela FNOB:

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